Peões brasileiros viram celebridades em rodeios nos EUA
    Em Las Vegas, eles têm nome respeitado e até acumulam fãs. 
Único tricampeão do Mundial nasceu no Brasil e anuncia aposentadoria.
     Em um piscar de olhos, é possível fazer uma viagem através do         tempo e estar na Antiguidade, na Idade Média, no mundo moderno.         O Parque de Diversões da América, com 37 milhões de visitantes         por ano e famoso por seus cassinos, é um paraíso movido a         dinheiro. No árido oeste americano, um oásis construído para         brilhar. 
         
         Tantas luzes, tanta beleza, tanta ostentação e         atrações. Difícil imaginar que alguém vá até Las Vegas e possa         se divertir com outra coisa além de tudo isso que a cidade         oferece. Mas há espaço para tudo, até para competição de rodeio. 
         
         A última etapa do Mundial é disputada na cidade.         Entre os 45 peões, oito brasileiros que vieram tentar a sorte         nos Estados Unidos. 
"Cada evento que a gente ganha dá US$ 25 mil, fora os rounds         que pagam US$ 5 mil, US$ 7 mil. É um dinheiro bom", diz o         peão Robson Palermo. 
         
         Em Las Vegas, Palermo, que é do Acre, levou US$         250 mil por ter sido o melhor da etapa na cidade. O melhor na         soma de todas as etapas ganhou mais ainda e também é brasileiro.         Guilherme Marchi, de São Paulo, é o novo campeão mundial de         rodeio. Ele levou o prêmio mais cobiçado das arenas americanas:         US$ 1 milhão. 
         
         Os peões do Brasil são os melhores do mundo. A fã         Terry Storm, do Colorado, diz que admira mais ainda os peões         brasileiros pelas dificuldades que eles enfrentam. Eles chegam         anônimos e se tornam artistas. A habilidade em se manter sobre         um touro bravo fascina. 
         
         "Aqui a gente é que nem artista mesmo, tem         sessão de autógrafo. O pessoal chama a gente pelo nome, onde a         gente está é reconhecido", diz o peão Edinei Caminhas. 
         
         O também peão Valdiron de Oliveira diz que tem uma         “quantidade boa de fãs”. “Eles sabem tudo de você, se você se         machucou, acompanham pela internet. Se você não vai, eles         perguntam", conta. 
         
         Entre os astros brasileiros do rodeio americano, o         maior de todos está de partida. Aos 38 anos, o brasileiro         Adriano Morais foi pioneiro. Abriu caminho para os outros peões         do Brasil e tem um currículo difícil de alcançar, até mesmo para         um peão dos Estados Unidos: é o único tricampeão mundial. 
         
         "Adriano é o melhor peão do mundo", diz         uma fã. O campeão justifica sua saída das arenas. "Foram 28         ossos quebrados, cirurgia, 38 anos de idade, três títulos         mundiais... Graças a Deus chegou a hora de parar. Todos os         recordes foram feitos para serem quebrados. O meu será quebrado         bem rápido", prevê Morais. 
         
         Nos aviões que pousam a cada minuto, outros         aventureiros chegam. O paranaense Leonil Soares dos Santos         ganhou, com a conquista do título em Barretos, em São Paulo, uma         vaga no Mundial. Nos EUA, ainda é um desconhecido. No 30º andar         de um hotel de luxo, ele se encanta com a banheira, a televisão         no banheiro e o ar-condicionado com controle digital. 
         
         "Será que eu estou aqui mesmo? Me belisca         aqui para ver se eu estou aqui. Aqui a gente só acorda depois de         uns dois dias", diz Santos.  
Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/
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